Instituto Moreira Sales é uma opção de lazer com exposições que trazem olhares distintos sobre São Paulo, o Brasil e o mundo, além de outros registros fotográficos, cinematográficos e áudio visual. Confira:

Da Redação

Mirante do Instituto Moreira Sales. Foto: Conexão Paulistana

No número 2.424 da avenida Paulista, um edifício imponente com fachada de vidro, exibições fotográficas, biblioteca, café e vista da avenida – que é um dos cartões postais do Brasil, é ponto de referência em arte e cultura paulistana.

Em um domingo de sol, com avenida fechada para diversos eventos culturais, o passeio é recomendável à toda família. Não apenas pela foto no mirante, que atrai milhares de turistas todos os dias, ávidos por uma “self” à frente da famosa via, mas pelas exposições e pelo rico acervo de sua biblioteca.

Estamos falando do Instituto Moreira Sales, fundado em 2017 em homenagem ao empresário e ex-ministro da fazenda no governo do presidente João Goulart, Walter Moreira Salles.

Livros de variados temas

A biblioteca oferece títulos dos mais variados segmentos, em português e também em outros idiomas. Por exemplo, livros dedicados à arte e a contar a vida e obra de vários artistas como Lucian Freud, e até mesmo livros mais técnicos, voltados para saúde ou estudos.

É famosa por ter capacidade para até 30 mil itens, abrigando títulos variados no campo fotográfico, como Iatã Cannabrava, Vania Toledo e Gerhard Steidl, dentre outros. Nos andares superiores, as exposições que enchem os olhos do público.

Desobediência pelo Afeto

Formada em química, a polonesa de nascimento e brasileira de coração, Stefania Bril aportou no Brasil em 1950 e só mais tarde se iniciou na fotografia. Viveu as torturas do holocausto na pele.

Sua carreira foi de 1969 à 1980, gerando cerca de 11 mil fotografias que hoje, pertencem ao acervo do Instituto Moreira Sales.

A exposição, que vai até o dia 26/01/2025, está organizada em seis núcleos. Os dois primeiros e mais expressivos perfazem o ensaio fotográfico principal, com imagens ampliadas digitalmente a partir dos negativos, e abrangem duas de suas grandes temáticas: a cidade e os seres humanos que a habitam.

A seguir, uma seleção de cópias de época, realizadas por Stefania, exemplifica o modo como organizou seu trabalho em séries, e, depois, dois núcleos com vídeos e materiais documentais dão conta de seu trabalho como crítica, curadora e articuladora do campo fotográfico.

Sua biografia encerra a exposição.

Thomaz Farkas: “Todo Mundo”

Avenida São João, esquina com Líbero Badaró na altura do Condomínio do Edifício Martinelli, em direção ao Vale do Anhangabaú, São Paulo, 1947. Foto: Acervo IMS/Coleção Thomaz Farkas

Thomaz Farkas: todomundo” reúne cerca de 500 itens, incluindo fotografias, filmes, documentos e equipamentos, e reflete a trajetória inclusiva e colaborativa do artista, no ano de seu centenário de nascimento.

Dividida em eixos, a exposição explora as facetas de sua atuação como fotógrafo e cineasta, destacando as séries documentais Brasil verdade e A condição brasileira, além de filmes como Todomundo e Subterrâneos do futebol, que revelam sua visão acolhedora e curiosa sobre o país que adotou como lar.

A mostra busca recriar o espírito coletivo e generoso de Farkas, presente tanto na sua produção artística quanto em seu papel como incentivador cultural e empresário, com a criação da Galeria Fotoptica. Traz também câmeras fotográficas, filmadoras utilizadas na época em que os filmes foram produzidos, bem como outros itens do acervo do IMS.

O IMS – Instituto Moreira Sales fica na Avenida Paulista, nº 2.424. Informações pelo telefone: (11) 2842-9120.